Li hoje no habitual jornal online, um artigo, relativo aos lobbies que disparam para todos os lados, por causa dos cortes na despesa e da esquerda "imagine-se" que só agora descobriu a tão agora falada despesa do Estado!
Há efectivamente algumas verdades no que se afirma no artigo. Os lobbies na educação (é mais do que evidente) veja-se o que se passa com a badalada avaliação dos professores! O antes deste Governo e o durante este Governo! Aquela célebre manifestação dos 100.000 e os que a apoiaram (antes). O que temos (agora) mais ou menos o mesmo modelo de avaliação, pelo que se afirma, nos pontos essenciais. Os lobbies não concordavam antes e não concordam agora. O partido que suporta o actual Governo apoiou a contestação (antes) e propõe agora mais ou menos a mesma coisa!
Realmente não dá para imaginar.
A saúde há lobbies concerteza, estão à vista de toda a gente. Nem vale a pena adiantar-me em comentários a este respeito.
Mas tenho de comentar a proposta do Bastonário do médicos. É uma proposta inaceitável e do meu ponto de vista, aberrante. Então os Portugueses são tão desqualificados que precisam de um imposto para não irem ao fast food, ao lixo alimentar? Então não têm cabeçinha para pensar por si e escolherem entre o fast food e a salutar alimentação mediterrânica?! Deixem-nos fazer escolhas, pelo menos nisto.
Relativamente aos cortes na saúde, admito que a gestão do sistema tem de ser feita por profissionais e com seriedade. Mas uma coisa é certa, temos um dos melhores sistemas de saúde a nivel mundial, é consensual na tal esquerda, aquela que pensa mais nas pessoas do que no lucro de alguns, que deve ser tendencialmente gratuita. Eu penso que como está agora está razoavelmente bem e penso que há actividades que devem ter a mão do Estado e não foram nem devem ser para gerar lucros.
Quanto à esquerda que só agora (afirma-se) pensa / fala nestas coisas, também aqui a memória é curta porque há reformas que foram feitas com a esquerda da área governativa. Há erros também, concerteza, mas não podemos esquecer que o Estado também engordou muito quando não era a tal esquerda que governava, o Estado errou quando não era a esquerda que estava no poder. Eu dava exemplos mas guardo-me para altura mais oportuna, apenas deixo aqui uma notícia que ouvi hoje, a propósito disto mesmo e das promessas - Foram admitidos nos últimos meses alguns milhares de funcionários públicos, quando se dizia que se iriam reduzir os efectivos. Reduziram-se com as reformas antecipadas, mas aqui deixou de se pagar salário para passarem a receber reforma. Não pagam num lado , pagam no outro.
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