terça-feira, 30 de agosto de 2011

FESTAS POPULARES E RELIGIOSAS, DIGNAS DOS LOCAIS E DAS POPULAÇÕES


Volto a este assunto pelo facto de terem terminado este Domingo as festas populares de Corroios, que durante dez dias animaram a população de toda esta área e que mais uma vez foram um exito absoluto. Alguém disse que serão talvez um dos maiores eventos deste género no nosso País.
O Presidente da Junta de Freguesia de Corroios, afirmou em público, no palco principal do recinto destinado às festas e durante o resto do ano à população que aqui passa as horas de lazer, faz exercício e tudo o mais que um local como este, bem preparado, propicia, antes da espectacular atuação de Rui Veloso, que em entrevista a uma televisão e em resposta à pergunta do repórter, que questionava se não era despesa a mais de dinheiros públicos para um evento destes, disse que a festa se pagava a ela própria, pelos feirantes e pelo tecido empresarial da área.
Eu acredito nisto porque a avaliar pela adesão da população foi na verdade um exito absolutamente visível aos olhos de quem observa e está atento a estes e outros eventos.
Sou de Gouveia e escrevi aqui sobre o que foram as festas da minha cidade, que como disse antes, já foram as maiores da região, mas que este ano defraudaram em absoluto as expectativas de tão más que foram, no aspeto organizacional e de oferta em termos de atrativos de feira, à população. Não vou repetir-me em relação ao que já disse antes. 

Apenas quero realçar que em altura de crise, quando as pessoas andam desanimadas, deprimidas, com o que se passa à sua volta, relativamente à economia e às perspetivas de futuro a médio prazo senão longo, cidades como Gouveia, cujas autoridades não conseguem atrair investimento empresarial, deveriam investir, pelo menos, nas festas anuais, festas que dão visibilidade, mostram a capacidade organizativa das autoridades públicas, mostram em suma as potencialidades das cidades e das regiões!
Investir nas festas populares é investir nas pessoas é dar-lhes algo para sairem do desãnimo em que muitos se encontram e é em última análise a possibilidade de atrair mais investimento privado. Não foi, infelizmente o que verifiquei este ano na minha terra, Gouveia.
Em Corroios vê-se o resultado da aposta que foi feita nas suas festas, estes e os anos anteriores, tendo vindo a melhorar de ano para ano.
Em Gouveia há desinteresse, falta de investimento e o que se vê, o que eu vejo, para meu sincero desalento, porque gosto da minha terra, que foi de meu pai, minha mãe, meus avós, é uma cidade parada no tempo.
Corroios e Gouveia, não são em termos políticos, da minha área, não as comparo por tendência política, mas tão só para deixar bem claro que investimento público em tempo de crise, tanto em eventos como o que aqui se refere, como em outras situações, pode gerar confiança, atrair investidores, e sobretudo mostrar às populações que há responsáveis políticos com garra, que remam contra a maré e dão a volta ao que parece não ter volta a dar. 
Os "grandes" da história foram "grandes" pela marca que deixaram nos povos, nas cidades e nos Países. 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

FESTAS POPULARES E RELIGIOSAS DO SENHOR DO CALVÁRIO - GOUVEIA


Não é do meu agrado escrever sobre este assunto. Faço-o pelo simples facto de pensar que com isso talvez contribua para que o próximo evento popular e religioso, FESTAS DO SENHOR DO CALVÁRIO, na linda cidade que é minha terra natal - Gouveia, sejam dignas dos Gouveenses e de todos aqueles que em Agosto, por este motivo a visitam.
E a razão por que escrevo estas linhas prende-se em primeiro lugar com o facto de através dos vários meios, redes sociais incluídas, ter apelado este ano, a que as pessoas visitassem Gouveia e assim pudessem desfrutar de um evento com tradição de muitos anos, de uma festa popular e religiosa que já foi uma das mais importantes da região.
Acontece que desta vez, neste Agosto de 2011, fiquei tão desagradavelmente surpreendido com o que presenciei neste evento, que tenho de pelo menos aqui, manifestar o meu desapontamento e pedir de algum modo desculpa ás pessoas que eventualmente se deslocaram a Gouveia por influência do apelo feito ou mesmo por iniciativa própria, pela qualidade do que foi apresentado em termos de Festa e da sua organização.

Dou alguns exemplos do que eu e todos os Gouveenses com quem falei durante o fim de semana ali passado, acharam mal, inadequado, feio e mal organizado:
1 - A feira entre a antiga fábrica de lanifícios, agora parqueamento, e a Igreja de S. Pedro. Só tenho este comentário - feia e imprópria para Gouveia, para os Gouveenses e para todos aqueles que visitaram a cidade. Bancas horríveis, à volta de dois metros para circular entre elas, em que as pessoas mal tinham espaço para se movimentar, com uma iluminação imprópria, em alguns locais mesmo sem iluminação. Deficientes e cadeiras de rodas era impensável terem o direito ao usufruto do espaço!
2 - Parqueamento na antiga fábrica. Para aqui foi transferido tudo aquilo que deveria ser feito onde sempre foi - Jardim Lopes da Costa. Os concertos de todas as bandas de música foram ali feitos, sem condições no que se refere ao palco (a banda de Espinho mal cabia no palco, alguns holofotes foram desligados pelo calor acrescido ao já verificado dentro do espaço. O aspecto do parqueamento, horrível, sujo, janelas partidas. A acústica insuportável com as bandas a actuar e o povo a falar ao mesmo tempo, não se ouvindo a música com o mínimo de condições pela surdina criada naquele espaço sem condições. A rampa de acesso ao parqueamento, nem para automóveis ou motas tem condições. Eu ia caindo pelos desníveis existentes. Uma pessoa em cadeira de rodas era quase impossível ali passar e sobretudo dali sair. 
Quem decidiu por esta alternativa ao Jardim Lopes da Costa, não tem o mínimo gosto e não respeitou as pessoas, sobretudo os deficientes, como não respeitou a tradição.
Só refiro mais uma coisa e que tem a ver com o fogo de artifício: Simplesmente não houve fogo de artifício, talvez devido à crise. É lamentável também isto, porque houve dinheiro para uma coisa que nunca se viu, entre outras - Uma assinalável presença de uma empresa privada (julgo eu, a avaliar pelas viaturas identificadas) de segurança! A P. S. P. não chegaria para assegurar a segurança e o controle de entradas nos recintos?
Apenas quero assinalar de positivo a parte religiosa, as procissões e também o folclore e o concerto da Rita Guerra de que muito gostei.
Lamento que tudo isto fosse assim e espero contribuir com a minha opinião, que para o próximo ano tudo seja diferente.