terça-feira, 23 de novembro de 2010

LEGITIMIDADE DO PENSAMENTO, DA DECISÃO E DA ACÇÃO

Quarta-feira vai ser o dia da greve geral, um direito do mundo do trabalho, uma conquista do 25 de Abril de 1974, data que vivi com tanta intensidade, por razões diversas, mas também pela actividade sindical que desenvolvi, antes e depois daquela data.
Com esta greve geral serão obviamente afectados, a quem ela adere, a quem se aproveita dela para ficar em casa, passear ou realizar quaisquer outras actividades que não a do trabalho, e quem não a ela adere. Todos por convicção certamente e todos no uso dos seus direitos, da sua liberdade e do seu crer político.  A greve vai, tudo indica, vai ter uma adesão forte, afinal as duas Centrais Sindicais, estão, pasme-se, unidas, vinte e dois anos depois, se a memória não me atraiçoa, vai também afectar as empresas, sobretudo aquelas de que tanto se fala agora (convém) as pequenas e médias, com consequências que serão tudo menos positivas. Muitos de nós talvez não façamos ideia dos custos e meios envolvidos pelas Centrais para que a greve tenha ou não êxito!!
Quero pois, deixar aqui uma reflexão, uma pergunta, apenas porque me preocupo com os meus concidadãos, sobretudo aqueles cuja fonte de rendimento são os que vivem do seu vencimento, com o meu País, numa palavra: 
O Mundo e Portugal em particular estão a atravessar a crise conhecida de todos, da qual dificilmente se sairá se não houver consensos e bom senso na área política, tal como no mundo do trabalho, é pois, na minha opinião, crucial que isto aconteça.
Resultará esta greve, é proposta na altura ideal? Trará mais valias para os que aderem e para os outros? Na Grécia, trouxe conflitos, dor, amargura, luto e os mesmos resultados económicos e financeiros? Na Irlanda acontece o que não foi possível evitar e as televisões e imprensa em geral nos transmitem a toda a hora. Pensemos pois, tão somente nisto, valerá a pena?
Devíamos todos dar uma lição de maturidade política e não só, aos actores políticos, sindicais e a este Mundo agora dito Global, pois há outras maneiras de o fazer, estou certo.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

EXEMPLO A SEGUIR

Exactamente ontem tive conhecimento de algo que nunca pensei ser possível num país como a Suiça, o qual conheço bastante bem, por ter sido o destino de alguns períodos de férias!
Soube através de uma reportagem de um dos canais de TV nacional, que naquele país, todas as pessoas que se reformam da chamada vida activa, sejam elas trabalhadores normais ou quadros superiores, têm uma reforma máxima, se bem ouvi, à volta do mil e oitocentos euros, quaisquer que sejam os valores que tenham descontado durante a sua vida de trabalho! Isto num país com a qualidade de vida que é conhecida de todo o mundo.
Em Portugal, país periférico da Europa, com recursos limitadíssimos, com a crise financeira e económica de que todos estamos fartinhos de ouvir falar (a SIC e a TVI, não fazem mais nada, até parece que não mais nada para além da crise), onde se despedem pessoas todos os dias e onde sobretudo se faz passar a ideia de que a Segurança Social sem medidas fortes e adequadas, tem poucas possibilidades de num futuro mais ou menos próximo, pagar as pensões ás pessoas, quem sabe, às que já hoje são reformadas mas em especial ás que um dia vão estar nessa situação, pagam-se reformas absurdas, escandalosas mesmo, a uns quantos portugueses e na maioria destes com trabalho efectivo de alguns poucos anos. É o caso dos deputados, dos governadores e outros funcionários do Banco de Portugal, administradores de banco e outras instituições, etc. etc.!!!
Porque é que o Governo de Portugal (eu sou PS assumido desde sempre, voto e votarei sempre neste partido), não aproveita a situação que vivemos, em que apesar da revolta de muita gente, sobretudo dos desempregados, não daqueles que enchem as ruas de Lisboa e não só, nas manifestações e greves mais ou menos manipulados, todos estamos cientes de que reformas difíceis têm de ser feitas para que amanhã tenhamos um país e um futuro melhores, não as faz, acabando com instituições que não servem para coisa nenhuma a não ser para sustentar uns quantos postos de previlégio, e faz aquilo que me levou a escrever estas linhas, introduzir no sistema de Segurança Social, um esquema de reformas com um tecto idêntico ao que se verifica na Suiça? Era simples, era justo e era efectivamente um passo enorme para a sustentabilidade da Segurança Social, tal como a conhecemos.
Façam isso e será um grande sinal de confiança dado a toda a gente. Os que eventualmente ficarão descontentes nem se atreverão a falar e menos reclamar. 

sábado, 6 de novembro de 2010

SETÚBAL / ARRÁBIDA

Hoje resolvi uma vez mais e porque estou liberto dos meus afazeres normais e profissionais, ir dar uma volta para fazer duas ou três coisas que me dão imenso prazer. São elas, passear, almoçar num dos locais de que gosto imenso e finalmente fotografar pessoas e paisagens de uma cidade e de uma serra pelas quais tenho verdadeira admiração, para não aplicar aqui uma palavra mais forte!
A cidade é Setúbal, a Serra é a da Arrábida e o local de almoço é um dos muitos restaurantes da Luísa Tody, onde o peixe fresco, e para mim em especial, os célebres chocos com tinta ou fritos, abundam!
Dir-me-ão, mas será isto é motivo de interesse para escrever neste blog?!!!
Eu acho que sim, obviamente ou não o  estaria a fazer. 
Escrevo este breve texto com duas finalidades, sendo que a primeira é dar a conhecer ás pessoas que eventualmente visitem este blog, o quanto eu gosto deste distrito com especial relevo para Setúbal e a Serra da Arrábida, a segunda para incentivar essas pessoas a conhecerem esta cidade e esta região, porque é realmente belíssima, com locais e paisagens soberbas.