quinta-feira, 26 de setembro de 2013

AUTÁRQUICAS

No próximo Domingo vão ocorrer as eleições autárquicas, em Portugal.
Nesta altura e por força da inabilidade da maioria dos políticos e até por interesses obscuros, julgo, as pessoas estão desiludidas com a política e até com os políticos!
Este sentimento vai, infelizmente, repercutir-se no acto que naquele dia vai ter lugar, provavelmente com uma abstenção mais expressiva do que em todas as eleições anteriores.
Mas deixem que vos diga que apesar da desconfiança que muitos de nós temos, hoje, nos Partidos Políticos, é bem mais preocupante o que se vai passando por aí, com movimentos sem rosto, candidaturas independentes, muitas delas, por razões diversas, saídas do seio dos partidos, movimentos e candidaturas estas em que muitas pessoas vão votar, não sabendo em concreto quais as consequências dessa decisão.
A História está cheia de histórias que por razões similares levaram este nosso Mundo, Portugal incluído, ao descalabro, aos confrontos, conflitos armados.
Temos de votar e votar nos que têm ideias para o País, que pensam nas pessoas e nas instituições que as protegem.
A Direita política, os Ultra liberais, estão a tomar conta da Europa, tal como aqui e o resultado é o empobrecimento das pessoas, o acabar com as instituições, veja-se o que recentemente foi deliberado na Holanda e veja-se o que em Portugal está a acontecer com o SNS, a Escola Pública, com o desaparecimento da chamada classe média, com desemprego e até fome, como só se viu, talvez no tempo de Salazar e da Guerra Mundial.
Por todos estes motivos deixo aqui o meu apelo, pedindo antecipadamente perdão por esta intromissão nas vossas vidas, para que vão votar no Domingo. Não deixem que outros decidam por vós. Não votem em branco porque isso só favorecerá quem está no poder. 
VOTEM EM CONSCIÊNCIA, MAS VOTEM E TALVEZ PORTUGAL SEJA UM POUCO MELHOR.
A. Figueiredo

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

SOMOS ASSIM

Já tenho escrito algumas coisas sobre as pessoas que de um modo ou de outro dedicam a sua vida à política, e que por essa nobre escolha se reconhece que são políticos.
Os meus escritos sobre este tema têm tido a preocupação de reflectir o que penso sobre essas pessoas, a maioria dessas pessoas, que por estarem na política, não são verdadeiramente políticos, pela simples e óbvia razão de que nos momentos cruciais, em que podem e devem mostrar que o são, não têm nem a perspicácia, a visão, a coragem, de verdadeiros políticos, para que aqueles momentos deixem na memória de todos nós, as suas marcas, as marcas de grandes figuras públicas!

Início esta reflexão para dizer que acabei de ler mais um livro de Miguel Sousa Tavares - A História Não Acaba Assim - e não resisto a transcrever uma passagem do mesmo, que julgo, ilustra bem a introdução que fiz e o meu pensamento expresso em outros textos:

"Aos 85 anos, ele mantém, intactos, essa fabulosa alegria de viver, curiosidade e optimismo que só encontramos em raros homens do poder"
" Pense-se o que se pensar do percurso político e das ideias de Mário Soares, a grande verdade é que ele destoa do oceano de mediocridade envolvente. Soares é um dos maiores portugueses do seu tempo, o português mais admirado no estrangeiro e, sobretudo, um homem com um pacto de vida jamais traído com a liberdade - coisa tão rara em terra onde a liberdade sempre foi tão pouco estimada".

Poderia transcrever outras passagens deste bom livro, que ilustram bem o que é a política e alguns políticos nos dias conturbados que agora vivemos, mas por motivos óbvios não o faço! Espero apenas aguçar o apetite dos que me lerem, para a leitura deste e de outros livros, que podem contribuir para um melhor julgamento dos políticos, deste nosso maravilhoso País e até do Mundo.